terça-feira, 20 de março de 2012

Minha família no contexto migratório da cidade


O fluxo migratório de Santarém e de outras localidades para Gandu se estendeu durante as décadas de 1930 e 1940, houve grande índice de ingresso de pessoas de outras regiões para Gandu.
Dentro deste contexto cito os meus avôs maternos que eram da cidade de Areia (atual Ubaíra). A minha avó Damiana foi criada pelos donos da Fazenda Paó e meu avô Emídio que era descendente de índios os quais se conheceram, casaram-se e tiveram oito filhos, entre estes minha mãe Benigna. Moraram por um longo tempo na Fazenda Paó e tempos depois morar na fazenda Tabocas (Itamarí), em busca de uma vida melhor para os filhos. Nos períodos da colheita de café e quebra do cacau minha avó costumava vim a Fazenda Paó para trabalhar.
Meus pais se conheceram na cidade de Itamarí, constituíram família e moramos nessa cidade até o falecimento do meu pai. Então minha mãe resolveu juntamente com meus avôs maternos que ir embora daquele lugar. Primeiramente fomos morar na cidade de Jequié, como minhas avós não se acostumaram com o lugar, decidiram morar em Gandu.
Chegamos à cidade de Gandu, no ano de 1969, passamos a morar na Rua São Serafim em uma casa que era do Sr. João Ferreira, cedida pelo esposo de uma prima de minha mãe.
Na cidade de Gandu, minha mãe trabalhava na roça, colocava barraca na feira, lavava roupas e costurava para manter os filhos. Eu a via sair cedo e chegar a casa no final da tarde, sempre cansada, mas nunca reclamava.
Tempos depois minha mãe recebeu de doação um lote de terra do Sr. Francisco T. Calheira, junto às margens do rio e construímos a nossa primeira moradia nesta rua. As primeiras casas por ficarem próximas do rio no período das enchentes tinham muitas vezes de retirar tudo de dentro de casa, pois as águas invadiam.
Mais tarde, minha mãe vendeu a casa que tínhamos em Itamarí e comprou um lote do terreno do outro lado da rua do proprietário Sr. Calheira.

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