O
coronelismo
vinculava a política em torno da
classe
dominante do município de Santarém que residia no distrito de
Gandu. O coronel Manoel Libânio da Silva Filho,
fazendeiro-comerciante, filiado a UDN (União Democrática Nacional),
tinha apoio do governo do estado da Bahia, conseguindo empreender uma
rede de alianças e conchavos de seus redutos eleitorais, conforme
cita Adriana Oliveira da Silva no seu artigo:
Maneca
Libânio possuía uma boa relação com o governo estadual
trocava proveitos,
apoiava os governadores da época, Regis Pache-
co
e Antônio Balbino, e barganhava o prestígio e os recusos de que
precisara para conduzir suas manobras politico-eleitoreiras uma de-
las foi processo que culminou na eliçao para prefeito de Gandu de-
pois da emocipação
Como em um processo eleitoral
existe sempre o grupo de oposição vale ressaltar as famílias
Lisboa e Costa membros do PSD (Partido Social Democrata). Tendo
Adelino Tavares Roseira, político experiente, conhecedor dos
costumes do povo e adaptado à conjuntura local, a concorrer à chapa
pelo partido opositor. Em 07 de abril de 1959, Maneca venceu as
eleições tomando posse do executivo local.
Neste contexto de emancipação
política da vila de Gandu vale destacar a figura feminina de Ceres
Libânio, professora, esposa de Durval Libânio da Silva, irmão de
Maneca que interferiu no processo emancipatório e o deputado Nelson
David Ribeiro, médico, membro do PSD, filho de um dos desbravadores
da localidade, seu Nestor Ribeiro. Nelson David encaminhou à Câmara
Estadual o Projeto de Emancipação e serviu de elo entre os
dirigentes locais e o governo estadual, conforme dados publicados no
artigo “ESCREVENDO
A CIDADE: TRAJETÓRIA DA CONSTRUÇÃO DE GANDU –
1930-1958”.
No percurso político em
oposição a Maneca Libânio cabe ressaltar a figura do jovem Eliseu
Leal, recém ingresso na carreira política, que anos mais tarde
venceu as eleições administrando o município.
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